Tricotilomania significa arrancar cabelos ou pelos. Algumas pacientes conseguem "pescar" fios mais finos ou mais grossos, geralmente jogam fora, mas algumas mordem a raiz, outras passam o fio nos lábios.
A Tricotilomania pode ser transitória, episódica ou contínua e sua intensidade pode variar de tempos em tempos. A portadora pode passar semanas ou meses sem sintomas e de repente, recomeçar. Às vezes as pacientes passam os cabelos arrancados nos lábios, mordem a raiz, etc.
Existem muitos graus de Tricotilomania, desde pequenas falhas nos cabelos ou áreas de alopecia até calvície total. Na maioria das vezes começa na infância ou adolescência. Algumas crianças começam a arrancar em idade pré-escolar, o que costuma ser benigno e por tempo limitado. Algumas arrancam conscientemente, outras distraidamente.
Podem tentar obter simetria no crescimento de cabelos, para mudar ou igualar a linha do cabelo ou para arredondar uma área careca, por exemplo. Muitas arrancam só os curtinhos que estão nascendo, só os mais longos, só os fios de determinada textura ou cor, como os mais grossos ou os brancos. Algumas pessoas, especialmente crianças, podem também arrancar cabelos de outras pessoas ou pelos de animais de estimação.
Muitas pacientes de Tricotilomania também apresentam Picking (cutucar a pele) ou roem demais as unhas. A maioria das pacientes tentou parar de arrancar, mas a maioria voltou a arrancar. Culpar uma pessoa por arrancar cabelo é o mesmo que culpar um asmático por não conseguir respirar. Crítica, raiva e acusações não vão diminuir o problema e vão aumentar a vergonha, a Depressão, a ansiedade e a baixa autoestima.
As pacientes com Tricotilomania ou tricotilomaníacas dizem que arrancam os cabelos por que:
Acham impossível resistir ao impulso.
Sentem tensão, ansiedade antes de começar a arrancar.
Sentem alívio depois de arrancar.
Conseqüências da Tricotilomania:
Vergonha pelo comportamento e aparência.
Podem esconder o problema de sua família e amigos.
Evitar atividades sociais, praia, piscina, etc., para que os outros não percebam as falhas.
Apliques, perucas.
Repercussões graves na autoestima, carreira e vida social.
A ingestão de cabelos pode criar de novelos de cabelos no estômago ou intestino.
Dores nas costas, pescoço e braços pela posição forçada e repetitiva.
Feridas e cicatrizes no couro cabeludo.
Causas da Tricotilomania:
A causa é desconhecida. A família pode ter casos de Tricotilomania, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Síndrome de Tourette (tiques nervosos), Picking (mania de se cutucar), Síndrome do Pânico e Depressão.
Provavelmente existe uma combinação de fatores genéticos que provocam uma disfunção de Neurotransmissores associada a problemas emocionais que desencadeiam os sintomas.
Situações onde a Tricotilomania fica mais forte:
Emoções desagradáveis (ansiedade, tensão, raiva e tristeza).
Stress.
Atividades sedentárias e contemplativas, durante as quais as mãos estão livres e a mente está ocupada.
Leitura, telefonemas, trânsito, TV.
Mais freqüente à tardinha ou tarde da noite quando estão sozinhas, cansadas ou tentando adormecer.
Algumas arrancam conscientemente, outras distraidamente.
Podem tentar obter simetria no crescimento de cabelos, para mudar ou igualar a linha do cabelo ou para arredondar uma área careca, por exemplo.
Muitas arrancam só os curtinhos que estão nascendo, ou só os mais longos, só os fios de determinada textura ou cor, como os mais grossos ou os brancos.
Tratamento da Tricotilomania:
O tratamento ideal é uma combinação de:
Resistir ao impulso. Quanto mais você resistir melhor, por mais ansiosa que fique. Sem essa resistência nenhum tratamento dá certo.
Psicoterapia chamada Cognitivo-comportamental (TCC).
Antidepressivos e/ou Neurolépticos.
Existem relatos de melhora com altas doses de N Acetilcisteína (NAC).
Pode ser que as primeiras tentativas não tenham resultado bom. Nesse caso, é preciso ter paciência para novas tentativas de tratamento. Isso não quer dizer que você seja cobaia. Quer dizer que felizmente existem muitas opções. O resultado pode vir rápido, mas pode demorar meses.
Concluindo:
É um problemão? É
Tem recaídas? Pode ter.
É difícil tratar? É.
Todo mundo fica bom? Não, mas muita gente sim.
Demora muito? Pode demorar.
Tem tratamento? Tem
O tratamento é igual para todo mundo? Não.
Pais: não se culpem, pois esse problema não foi causado por falhas de educação nem criação.
Meninas, não se achem neuróticas nem loucas. É uma doença como outra qualquer, só que mais esquisita.