O Metilfolato é um derivado do Ácido Fólico, que no cérebro aumenta a produção dos Neurotransmissores (Serotonina, Noradrenalina, Dopamina). A alteração do metabolismo dos Neurotransmissores (Serotonina, Noradrenalina, Dopamina), como você já sabe, está relacionada à Depressão, Pânico, TOC etc.
Então, você sempre lê que tal antidepressivo inibe a Recaptação de Serotonina ou de Noradrenalina, Dopamina. O Metilfolato aumenta a produção deles, portanto, alguns
pacientes melhoram mais associando Metilfolato ao antidepressivo.
O que é o exame de MTHFR?
O exame MTHFR (Metilenotetrahidrofolato redutase) mostra se a pessoas converte Ácido Fólico em Metilfolato de modo suficiente.
Teoricamente, quem tem menos ação da MTHFR deveria precisar mais de Metilfolato, mas na prática vemos que uma coisa não tem relação com a outra.
Vejo pacientes com MTHFR normal melhorarem com Metilfolato e pacientes com MTHFR “super preguiçosa” não aproveitarem o Metilfolato. Parei de pedir o exame. Essas mutações aumentam a Homocisteína no sangue, que é risco independente de doença arterial coronária (Infarto do Miocárdio), doença vascular periférica (trombose) e doença cerebrovascular (AVC). Claro que existem outros fatores:
genética, sedentarismo, tabagismo, diabetes, pressão alta, stress etc.
Mas porque se fala em Metilfolato na Psiquiatria?
O Metilfolato é importante na produção dos Neurotransmissores (Serotonina, Noradrenalina, Dopamina). A alteração do metabolismo dos Neurotransmissores (Serotonina, Noradrenalina, Dopamina), como você já sabe, está relacionada à Depressão, Pânico, TOC etc. A MTHFR transforma o Ácido Fólico em Metilfolato. Se um paciente tem pouca atividade da MTHFR ele converte pouco Ácido Fólico em Metilfolato.
Teoria: produz menos Serotonina, Noradrenalina, Dopamina.
Como se avalia a função da MTHFR?
Através desse exame de nome complicado, para detetar as mutações C677T (c.665C>T) e A1298C (c.1286A>C) no gene da enzima Metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR). O exame informa se a MTHFR tem atividade normal ou diminuída (sendo a diminuição de 30 até 70%, conforme o resultado). A teoria atual (que pode mudar com o tempo, logicamente), é que, quanto maior a redução da Atividade da MTHFR, mais o paciente pode se beneficiar com suplementação de Metilfolato.
O que é Metilfolato?
Metilfolato é a forma ativa do Ácido Fólico (Vitamina B9), que ajuda a manter a saúde do Sistema Nervoso e Cardiovascular e participa de várias reações no organismo. O Folato é a forma in natura presente em alimentos como: aspargos, feijões, abacate, espinafre, beterraba, leveduras etc. Vegetais frescos e frutas são
as melhores fontes naturais, mas o calor do cozimento e a estocagem elimina metade do folato presente nos alimentos.
Onde entra a MTHFR?
A MTHFR transforma o Ácido Fólico em Metilfolato. Se um paciente tem essa MTHFR com baixa atividade, ele converte pouco Ácido Fólico em Metilfolato.
Teoria: produz menos Serotonina, Noradrenalina, Dopamina. Parece que altas doses (15 mg por dia) ajudam o tratamento de Depressão em muitos pacientes com baixa atividade da MTHFR.
Cuidados com o Metilfolato:
Metilfolato é um suplemento vitamínico que não deve ser tomado sem orientação médica. Ele pode ocultar deficiência de Vitamina B12, interferir na absorção de Zinco e piorar a ansiedade etc.
Mulheres grávidas não devem tomar essa dose “Antidepressiva”.
A dose preconizada de Metilfolato na gravidez é cerca de 0,4mg, ou seja, aproximadamente 35 vezes menos que a dose “Antidepressiva”. Como qualquer medicamento e suplemento, o Metilfolato não ajuda todo mundo. Pelo contrário, alguns pacientes sentem piora da ansiedade e muita irritabilidade. Então, o que se faz é começar com dose baixa e ir subindo aos poucos.
Leia esse artigo publicado na Revista do Hospital Israelita Albert Einstein:
Onde se compra Metilfolato?
Até há pouco tempo ou em lojas de suplementos americanas e europeias ou em Farmácias de Manipulação. De setembro de 2019 para cá já existe nas farmácias, com o nome de Ofolato G. Muitos pacientes acham que “tomando Metilfolato já posso suspender meu Antidepressivo”. Não pode mesmo! Isso vai ser feito com o tempo, em conjunto com seu Psiquiatra.
Meus agradecimentos à Nutricionista Tatyannye da Costa. Sem seus conhecimentos de Nutrição e de Metabolismo este artigo teria ficado incompleto.
Abaixo o artigo: " L-metilfolato, uma nova opção no tratamento psiquiátrico, estaria ligado à recaída de psoríase?" Pitliuk R, Fucci TP. Einstein (São Paulo). 2020