DDA ou TDAH em Adultos
Claro que todas as pessoas têm muitas características do Déficit de Atenção/Hiperatividade ou TDAH. O que diferencia o "DDA" do "não DDA" é a intensidade, constância, genética, existência desde a infância ou adolescência e como eles atrapalham ou dificultam a vida do "DDA".
Às vezes os sintomas parece que surgem na adolescência, na verdade eles ficam mais evidentes por causa das exigências dos estudos, trabalho, etc.
Lógico que nenhum paciente tem todos os sintomas.
Sintomas do Déficit de Atenção/Hiperatividade ou TDAH:
Sensação de baixo rendimento. É o motivo que mais leva adultos a procurarem tratamento. "Não consigo me realizar", eles falam, mesmo que sejam considerados bem sucedidos.
Dificuldade para se organizar. Sem a estrutura da escola, universidade ou dos pais para manter as coisas organizadas, o adulto pode ter dificuldades com as necessidades da vida cotidiana. As "pequenas coisas" se acumulam. Exemplos: um compromisso não cumprido, um cheque perdido, um prazo esquecido.
Adiamento crônico das tarefas.
Muitos projetos tocados simultaneamente e dificuldade em levá-los adiante.
Falam o que vem à mente, sem considerar o momento e a conveniência do comentário. A diplomacia e a malícia se rendem ao impulso.
Busca por estimulação, emoções, riscos.
Intolerância ao tédio, pois, no momento que ele aparece, parte para a ação e procura algo novo.
Facilidade para se distrair, desconcentrar, desligar, "viajar" no meio de uma página, aula, reunião, palestra, diálogo. Essa é a principal caraterística do Déficit de Atenção/Hiperatividade ou TDAH.
Capacidade de hiperconcentração com coisas de seu interesse, mesmo que não sejam relevantes ou importantes naquele momento.
Criativo, intuitivo e inteligente. Os adultos com Déficit de Atenção/Hiperatividade ou TDAH em geral têm mentes mais criativas do que a média. Com a desorganização, devaneio e pensamentos que nunca param, aparecem lampejos de talento. Reforçar esse "algo especial" é um dos objetivos do tratamento.
Dificuldade em seguir caminhos pré-estabelecidos, em proceder de forma "apropriada".
Impaciência, baixa tolerância às frustrações, necessidade de estímulo constante, podendo fazer com que os outros considerem imaturo ou insaciável.
Impulsivo verbalmente ou nas ações, como gastar dinheiro impulsivamente, mudar de planos, de projetos profissionais, de hobbies, esportes, faculdades, cursos.
Tendência a preocupações desnecessárias e sem fim. Propensão a sondar o horizonte em busca de algo com que se preocupar, ao mesmo tempo em que mostra desatenção ou descaso por perigos palpáveis.
Sensação de insegurança crônica, independente da estabilidade de sua vida.
Humor oscilante, lábil, repentes de mau humor, depois bom humor, e novamente mau humor num espaço de poucas horas e sem motivo aparente.
Inquietude. Em geral, o adulto não tem a hiperatividade da criança. Mas tem uma "energia nervosa": anda de um lado para o outro, tamborila com os dedos, muda de posição na cadeira, sai toda hora da mesa, sente-se tenso quando em descanso.
Tendência a comportamento aditivo, compulsivo que pode ser sexo, álcool, drogas, jogo, compras, comida ou trabalho.
Problemas crônicos de autoestima, resultado de anos de frustração, fracasso ou malogro das iniciativas. Mesmo a pessoa com Déficit de Atenção/Hiperatividade ou TDAH que já conquistou o seu espaço em geral se sente "menos". Auto-observação imprecisa, muitas vezes a imagem que os outros têm dele é melhor que a dele próprio.
Capacidade de recuperação, apesar dos obstáculos (resiliência).
Não avaliam bem o impacto que causam nos outros, geralmente se consideram menos eficientes ou capazes do que os outros acham.
Se quiser ver a quantidade de pessoas famosas, bem sucedidas e criativas com Déficit de Atenção/Hiperatividade ou TDAH, pesquise "Famous people and ADHD".