Perguntas e Respostas:
Distimia ou Mal Humor Crônico
1) Tratar Distimia com Sertralina, Citalopram, Fluoxetina, Venlafaxina ou Bupropiona.
Pergunta 1:
Tenho quase 61 anos e recentemente fui diagnosticado com Distimia, o que explica algumas passagens da minha vida. Foi um certo alívio, antes eu pensava que simplesmente era assim. A minha médica me prescreveu Efexor (iniciei com 75 e agora estou tomando 150 mg/dia).
Li em algum fórum que o Efexor não seria o remédio indicado para Distimia e também não seria um remédio para tomar durante toda vida (provavelmente eu teria que tomar pelo resto dos meus dias, e não me importo). À noite tomo Donaren.
Qual a sua opinião a respeito de Efexor e Distimia? A médica também me aconselhou terapia, mas não estou com vontade de fazer. Não estou querendo mudar muito e, além disto, acho que já estou velho para isso. Tenho consciência racional dos meus problemas e poderia se argumentar que falta o emocional. Mas, realmente no momento não quero. Já fiz terapia no passado e não vi muitos resultados.
Resposta:
Efexor (Venlafaxina, Venlift OD, Venlaxin) pode ser muito eficaz em Distimia sim. Se não for eficaz na tua Distimia, é só trocar.
Se é para o resto dos teus dias ou não, ainda é cedo para se preocupar com isso, mas se os exames de sangue não acusarem nenhum problema, por exemplo, no fígado, relacionado ao Efexor, pode tomar muitos anos sim!
Com relação à terapia, aos 61 anos, em parte você está certo, em parte não está.
Parte do teu comportamento do dia a dia vem da sua personalidade, mas parte vem da Distimia e às vezes é bom um terapia para dar uma limpada em comportamentos Distímicos.
Pergunta 2:
Tomo 150 mg de Cloridrato de Venlafaxina pela manhã e meio comprimido de Rivotril à noite. Há seis meses, entretanto, tive uma mudança de cidade - por conta de meu emprego - ficando mais próxima da família, e estou prestes a morar junto com meu noivo.
O novo ambiente de trabalho, por incrível que pareça, mesmo sendo mais próximo da minha cidade onde moro, ao invés de melhorar, piorou.
Tive dois acidentes com meu joelho, em curto espaço de tempo.
Desde então, meu quadro piorou muito. Passei a ter insônia crônica e o tratamento com 150 mg de Venlafaxina e Rivotril não conseguiu conter esse meu estado.
Minha médica pediu, então, que eu passasse a tomar 225 mg do mesmo antidepressivo.
Só que, já há 10 dias com essa dosagem, não sinto melhora no meu estado de ânimo, e passei a sentir efeitos físicos indesejados, como enjoo, tremores nas mãos, irritação, pressão na nuca.
Continuo com a Psicoterapia. Gostaria de uma segunda opinião: devo sugerir a troca de medicamento a minha médica, isto tudo é devido aos acontecimentos atribulados dos últimos meses ou estou ficando resistente ao tratamento? Obrigada.
Resposta:
Olha, com tantas opções de tratamento, por que insistir na Venlafaxina (Efexor, Venlift, Venlaxin) que não trouxe resultados maravilhosos e está te trazendo colaterais?
Eu pediria para a Psiquiatra trocar o antidepressivo.
Pergunta 3:
Tenho 55 anos e sou Distímica desde a adolescência. Não me tratei até os 36 anos, quando comecei a fazer psicoterapia (fiz dos 36 aos 52 anos). Comecei com os medicamentos antidepressivos há 10 anos, mas tomava durante um período e quando os sintomas desapareciam eu interrompia o tratamento.
Agora estou em tratamento contínuo há um ano e meio tomando 150 mg de Bupropiona + 150 mg de Venlafaxina 2 vezes ao dia.
Os sintomas da Distimia melhoraram muito, entretanto a minha memória está péssima (ela piorou bastante desde que iniciei com esta medicação).
Queria saber a opinião de vocês sobre a causa da perda de memória, se ela pode reverter e se pode evoluir para algo mais grave, como Alzheimer, por exemplo.
Se meu psiquiatra não der importância às minhas queixas, posso procurar um neurologista e fazer um tratamento para a memória, concomitantemente ao uso dos antidepressivos?
Existe algum trabalho científico que relacione o uso prolongado de antidepressivos com a perda de memória?
Podem indicar um especialista em distúrbios da memória no Rio de Janeiro?
Resposta:
É improvável, mas qualquer remédio de uso contínuo pode, com o tempo, provocar efeitos colaterais raros. A diminuição da memória seria um deles.
Algumas pessoas se sentem aceleradas com Bupropiona (Wellbutrin XL, Wellbutrin SR, Bup, Zetron, Zyban) e a aceleração atrapalha a fixação das memórias, assim elas acham que a memória está falhando quando na verdade ela não está sendo fixada.
Alzheimer com 55 anos existe, mas é extremamente raro. Claro que você pode tratar a memória paralelamente, mas acho que teu médico vai preferir parar um dos dois antidepressivos de cada vez, para ver se um deles é o culpado pela perda de memória.
Pergunta 4:
Olá, tenho 36 anos há 3 anos atrás fui ao médico com os nervos à flor da pele, chorando, dores de cabeça muito forte e sem dormir.
Conclusão: Distimia, ele me passou Sertralina, fiquei super bem mas engordei demais, perdi o convênio e o outro medico trocou para Fluoxetina, continuei engordando agora tomo Citalopram há quase 1 mês, voltou meu sono, mas continuo muito nervosa e desanimada, tenho muita raiva ou desanimada demais não consigo ouvir meus filhos quero me isolar ou dormir, gostaria de ser como antes uma pessoa tranquila risonha, paciente...
Será que o remédio está certo, demora pra fazer efeito?
Resposta:
Vamos separar as coisas.
Para emagrecer, você deveria fazer dieta e exercícios físicos, ao invés de ficar trocando o tempo todo de medicamentos.
E caso você sofra mesmo de Distimia, você deveria esperar do medicamento a melhora do astral, não a perda de peso.
2) Sou chata, implicante, mal humorada, tenho Distimia?
Pergunta 1:
Estou buscando informações para verificar qual tipo de especialista meu marido necessita. Ele é jovem, tem 37 anos, um emprego estável, não bebe ou fuma e sempre foi muito fechado e "mal humorado". O conheço há 11 anos e noto uma falta de energia e motivação incomuns para qualquer pessoa. Ele vive irritadiço, extremamente exausto e quanto mais dorme, mais quer dormir.
E tem uma característica que muito me incomoda e atrapalha muito nossa relação, a falta total de iniciativa pra absolutamente tudo, tanto com relação a nós dois, como com relação a si mesmo. Toda e qualquer atividade física, hobby ou lazer que ele se propõe a iniciar, não dá continuidade.
Não tem nenhum plano ou meta na vida e parece não se empolgar com mais nada. Percebo baixa autoestima e preocupação em "melhorar", mas vejo uma pessoa paralisada, inerte e por isso...infeliz…e cada dia mais fechada, sem buscar ajuda, se auto sabotando e referindo "sou assim e não vou mudar". Joga horas de videogame e diz ser a sua única forma de relaxamento...Ultimamente vive com azia, dor de estômago e mal estar intestinal..., o que não acontecia...
Não faz exames clínicos há muito tempo e portanto, não sabemos dosagem hormonal e outros dados. Por acaso, em consulta psiquiátrica, há também uma investigação com exames clínicos (hormônios, etc.) ou a conduta é baseada apenas na parte comportamental??? Gostaria de saber pois acho que ele precisa das duas coisas.... Escrevo tudo isso pois entendi que esse canal seria pra isso... Penso q pode ser uma depressão ou Distimia ou os dois. Enfim, preciso fazer algo... Se puderem me esclarecer algo a respeito de tudo que escrevi, se minhas suspeitas seriam mesmo motivo para uma consulta.
Resposta:
Pode ser inclusive Distimia, não é possível diagnosticar baseado em um texto. Ele deveria fazer uma consulta com um psiquiatra, o psiquiatra pedirá os exames que forem necessários.
Pergunta 2:
Eu me sentia e ainda me sinto muito deslocada, parece que nada me deixa suficiente feliz, estou sempre cansada, estressada, nervosa e muito muito ansiosa.
Isso se reflete na minha aparência, que me incomoda muito, pois eu afasto as pessoas de mim, ou então eu que me afasto das pessoas, pois me sinto estranha diante delas ou acho que elas não gostam de mim por que sou grosseira e sem paciência.
Não tenho amigos, não confio em ninguém. Às vezes fico numa depressão e pra esconder isso finjo que estou bem.
Contei isso para o Psiquiatra e ele me fez algumas perguntas, daí disse que era uma depressão hereditária e me indicou Pamelor 25 mg, não falou mais nada, nem sei o que eu tenho.
Resposta:
Sugestão: leia a página sobre Distimia e procure um Psiquiatra que explique melhor o que você tem e como será o tratamento.
Com esses dados não dá para eu afirmar que você sofre de Distimia, mas é uma possibilidade.
Pergunta 3:
Tenho Distimia e faço o tratamento com Aropax 10 mg diário uma cápsula pela manhã, perco apetite completamente mas fazendo uma forcinha consigo comer bem, às vezes esqueço de tomar, também já parei por um longo período meu médico disse que não é bom parar repentinamente.
Às vezes penso porque eu sou a pessoa mais infeliz do mundo não consigo ser alegre, sair com os amigos, ir na casa dos parentes, eu acho todo mundo um saco!
Brigo com meu marido depois me arrependo!
Sempre me arrependo, muito sou uma chata...
Resposta:
Ué, então você não está boa!
Aropax não é o único tratamento que funciona.
10 mg de Paroxetina geralmente não acabam com Distimia nenhuma.
Pergunta 4:
Hoje foi o meu primeiro contato com a palavra Distimia e seu significado. Minha cunhada disse que tenho a doença, mas em toda minha vida o único sintoma que familiarizei foi a insônia, não trabalho fora e gosto do silêncio da noite para estudar, ler, ver um filme.
Não tenho filhos e meu marido sai as seis da manhã para o trabalho. Não preciso estar de pé tão cedo, para rotinas maternais. Meu marido teve Depressão e somente minha cunhada e eu demos o suporte emocional que meu marido precisava para sua cura.
Além do tratamento psiquiátrico, claro. Desde então vejo meu marido como um homem capaz de aprontar uma a qualquer momento, então preparo-me constantemente para qualquer desgraça anunciada ou não.
Tenho 41 anos e antes da Depressão do meu marido eu era o ser humanos mais desencucado da face da terra e a vida sempre foi linda.
Por mais estranha que fosse, era sempre linda. Será que sou Distímica por estar vendo um pouco menos a vida linda? Não a vejo cinza, não a vejo mais como um céu de brigadeiro.
Resposta:
Distimia significa um estado depressivo que vem desde a infância. Pelo que entendi, seu estado meio melancólico começou depois de adulta e casada, portanto tecnicamente não seria uma Distimia. O que não quer dizer que você não possa se tratar, lógico.
3) Tenho tendência para engordar, posso tratar Distimia com Terapia Floral?
Pergunta 1:
Tenho Distimia há muito tempo, porém ainda não consegui encontrar o remédio apropriado para mim. Atualmente estou tomando Pristiq. No início, fiquei encantada com a minha resposta com relação à motivação, que é um dos meus mais fortes sintomas, incluindo o nervosismo e a fadiga, apesar da insônia que o mesmo me causou.
Entretanto, o Pristiq não faz mais o mesmo efeito, voltei a ficar sem motivação, apesar da fadiga não ter voltado como antes, tentei parar de tomá-lo, porém tive um efeito rebote muito forte com relação à fadiga e dores no corpo todo que me assustou, tive que voltar a tomá-lo.
Já tomei Lexapro, não me causou nenhum efeito colateral ruim, porém não resolveu o meu problema de fadiga e fiquei ainda com um pouco de Depressão no sentido clássico da palavra relacionada ao humor, ao que eu chamo de Depressão residual.
Eu poderia tomar Lexapro junto com a Pristiq para aos poucos tirar o Pristiq?
O Pristiq pode engordar?
Resposta:
O Pristiq poderia ter ajudado muito no tratamento da tua Distimia, mas não ajudou, é uma pena.
Ele pode provocar ganho de peso, mas é bem raro.
Mas certamente ele dá muitos sintomas de abstinência se você parar de uma vez.
Portanto, independente do novo tratamento, tire o Pristiq aos poucos.
Com relação ao Lexapro, ele não dá ganho de peso e também pode ser muito bom para tratar Distimia. Mas não sei se você tomou dose suficiente, algumas pessoas precisam de mais de 20 mg por dia.
Teu Psiquiatra pensou em Bupropiona (Wellbutrin, Zetron, Zyban, Bup)?
Pergunta 2:
Desconfio de sofrer de Distimia, penso procurar um médico logo, porém tenho medo de tomar remédios por seus efeitos colaterais, principalmente de engordar.
Tenho uma tia que está muito magra e seu médico lhe receitou Fluoxetina para ajudá-la a ganhar peso; uma colega queria emagrecer e seu médico lhe receitou o mesmo remédio.
Qual é a influência deste medicamento e de outros antidepressivos no peso das pessoas?
Resposta:
Não se preocupe, Renata. Se um remédio der efeitos colaterais como ganho de peso, é só trocar por outro. Com certeza tem algum remédio bom para você.
Mas com você sabe, quem sofre de Distimia não gosta de remédios, é pessimista e pensa primeiro nos efeitos colaterais doe remédios, antes de pensar nos efeitos benéficos.
Fluoxetina (Prozac, Verotina, Eufor, Daforin) tem mais chance de fazer você perder do que ganhar peso.
Pergunta 3:
Não gosto de remédios e tenho tendência para engordar, queria saber se pode-se tratar Distimia com Terapia Floral.
Obrigada desde já.
Resposta:
Você pode tentar tratar Distimia com Florais de Bach, mas não sei se vão ajudar, tomara que ajudem e que você seja uma pessoa feliz.
Mas não se esqueça que não gostar de tomar remédio é um fato muito comum em Distímicos, mas depois do tratamento eles se arrependem de não ter tratado antes.
E quem disse que remédios engordam? Alguns até emagrecem!
4) Gostaria de viver sempre com o alto astral que o medicamento proporciona.
Pergunta 1:
Tomo Fluoxetina há mais ou menos dois anos, passando por 10 mg, 20 mg e 40 mg. Parei por conta própria, pela segunda vez, para testar se eu havia alcançado a cura da depressão e crises de pânico, horríveis e também por estar engordando demais, foram quase 30 quilos desde que iniciei o tratamento.
Como nas pausas anteriores, os sintomas voltaram todos, com força total, em poucos dias. E também como das outras vezes, terei que voltar no psiquiatra cabisbaixa, pedir desculpas por ter parado o medicamento e começar tudo de novo...
O fato de comprovar que continuo com os mesmos sintomas anteriores ao início do tratamento, me deixa cada vez mais triste, irritada e, óbvio, mas deprimida.
Minha personalidade com o medicamento, é muito diferente do que realmente sou e eu gostaria de ficar para sempre com o alto astral que o medicamento proporciona. Influencia até na minha atividade artística, sendo que em 2003, bati meu recorde pintando 18 telas de abril à dezembro, sendo que o normal é um quadro a cada 5 semanas, em média.
Tenho medo (entre tantos outros!!) de ficar dependente do medicamento...
Até para pintar meus quadros.
Quando paro o medicamento, fico furiosa com tudo e todos, sinto ódio das coisas com a maior facilidade, não consigo controlar minha enorme tendência ao isolamento e meu eterno mau humor, enfim, meus atos não condizem com meus 40 anos de idade.
Com o medicamento, tudo são flores e todos comentam o quanto pareço feliz e chego a acreditar que sou tão legal assim.
Mas paro com o medicamento, e o inferno volta. Perguntas:
1- demora tanto assim para sarar? Sarar depressão ou Distimia?
2- Será que não seria o caso de mudar o medicamento? (Pois meu médico nunca se mostrou inclinado a isso. Ou devo mudar é de médico?)
3- Será que o meu caso é crônico?
Resposta:
1- Sarar para você tem que ser sem remédio? Viver bem com remédio não é sarar? Óculos não sara miopia mas permite que a pessoa viva normalmente.
2- Você decidenão posso opinar.
3- Não.
Pergunta 2:
Estou lendo sobre Distimia e me vi em quase todos os sintomas, mas, em relação a vida social eu sou ao contrário, adoro estar com pessoas, gosto de festas, barulho, tenho muita dificuldade em fazer novas amizades, mas as que eu já tenho, eu adoro estar junto, quero saber se é possível ter Distimia com este comportamento tão contrário.
Peço de todo meu coração, que se possível respondam esta minha pergunta. Tenho uma consulta pela primeira vez numa psiquiatra no dia 05 de junho. Gostaria de poder falar com ela sobre isso.
Resposta:
Sim, uma pessoa com Distimia pode ser bastante sociável.
5) Qual a relação entre Distimia e TPM? É normal a Distimia piorar na TPM?
Pergunta 1:
Eu estava lendo nesse site e me identifiquei com vários sintomas de TPM, Distimia, Depressão e TDAH. Gostaria de saber se posso ser diagnosticada por um profissional tendo essa série de sintomas? Essas doenças tem relação entre si?
Resposta:
Na verdade pode, porque Distimia e Depressão são praticamente a mesma coisa. Quase todas as pessoas que sofrem de Distimia podem ter fases de Depressão mais intensa.
Para ter TPM basta ser mulher. Geralmente tanto a Distimia quanto uma fase depressiva irão piorar no período pré-menstrual.
E você pode ter herdado TDAH da família. Quem tem TDAH tem um pouco mais de risco de ter Depressão do que outras pessoas.
Se o TDAH te trouxe problemas de auto estima na infância (estou escrevendo se porque não te conheço), isso é uma bela porta de entrada para uma Distimia, que na vida adulta pode virar uma Depressão.
Pergunta 2:
Estava fazendo tratamento há mais ou menos 1 ano e meio com o medicamento Lexapro. Como o senhor sabe o Distímico não gosta de tomar remédios. Eu particularmente não gosto porque me acho numa situação de dependência que me incomoda.
Pois bem, parei uma vez por conta própria, não senti muita diferença no começo, mais depois fui acometida por um grande desânimo e tive que voltar. Desta vez, pedi para o remédio ser feito numa farmácia de manipulação para sair mais barato.
Continuei a tomar, menos nos finais de semana porque meu médico havia me liberado estes dias. Daí em diante passei a tomar com uma certa irregularidade e hoje não estou tomando.
Mas estou me sentindo bem, ou seja, normal. Há dias em que estou meio baixo astral, principalmente na TPM mas não estou como antes, hoje em dia vivo uma vida bem melhor.
Eu estou achando que por eu ter mandado fazer o remédio em uma farmácia de manipulação, e como estas farmácias nem sempre seguem à risca a dosagem correta do princípio ativo, eu sem querer acabei desacostumando meu cérebro a este estímulo.
Pode até parecer ridículo da minha parte em dizer isto, mas é que realmente não estou sentindo mais falta deste medicamento, o que me deixa muito aliviada.
O senhor acha possível eu ter me curado desta Distimia? Ou esse mal é para sempre?
Resposta:
Se a farmácia de manipulação é séria e de confiança, pode ser de qualidade igual ao original mesmo.
Não entendi porque parar o Lexapro nos finais de semana.
Sim, depois de um longo tempo de tratamento é possível que você tenha se livrado da Distimia.
Pergunta 3:
Olá. Sou uma pessoa infeliz e insatisfeita com tudo e sempre me senti assim. Não tenho mais vontade de sorrir nem com piadas. Quando estou com TPM fico insuportável.
Tenho altos e baixos, períodos muito depressiva outros de melhora. Tenho 41 anos e uma bebe de 2 aninhos. Lendo seu site deduzi que posso sofrer de Distimia, porque me enquadro nos sintomas. Estou me automedicando, comecei a tomar pondera (Paroxetina). Também fui a um clínico geral que receitou medicamentos manipulados fitoterápicos, porém, ainda não comecei a toma-los.
Fitoterápicos podem me ajudar? O que você acha de continuar tomando Pondera?
Resposta:
Pondera é uma das boas opções para Distimia. Para TPM existem várias opções sem precisar antidepressivos nem hormônios. Mas fitoterápicos que eu saiba não existem nem para Distimia nem para TPM.
Pergunta 4:
Meu humor varia muito, tem dias que choro a toa, me emociono com tolices, e me sinto triste constantemente. Às vezes não vejo perspectivas de futuro e sinto-me muito insegura, com medo de não arrumar emprego. Venho sentido isto há mais ou menos 2 anos.
Como é o diagnóstico diferencial de Distimia e TPM? Gostaria de ajuda! Sei que isto me atrapalha e minha autoestima está muito vulnerável!
Resposta:
O diagnóstico diferencial é que a TPM só se manifesta no período pré menstrual.
A má notícia é que grande parte das mulheres que sofrem de Distimia também sofrem de TPM.
A boa notícia é que a Distimia a a TPM podem ser tratadas. :-)
6) Anafranil e Donaren tiveram efeito positivo na minha Distimia.
Pergunta 1:
Tenho 17 anos e sou muito tímido, não consigo agir naturalmente na frente das pessoas, tenho vergonha de me expressar e não consigo botar em prática o que eu penso.
Esses sintomas são de Distimia ou Fobia Social?
Têm tratamento?
Resposta:
Parece ser uma Fobia Social. Mas viver constantemente nesse estado de ansiedade e isolamento social pode levar ao desenvolvimento de uma Distimia.
Pergunta 2:
Dr. Rubens Pitliuk, no tratamento de Distimia obtive bom resultado tanto com Anafranil como com Donaren, para mim ambos possuem efeitos positivos complementares, como o efeito ansiolítico do Donaren e antidistímico do Anafranil entre outros.
Seria possível usar ambos?
Resposta:
Interessante essa combinação de Anafranil e Donaren, pois eles são complementares.
Se você se deu bem seu médico está de parabéns.
Geralmente preferimos monoterapia, mas muitas vezes precisamos mesmo misturar antidepressivos diferentes, com efeitos complementares.
7) A Distimia tem cura com medicação ou sempre haverá recaída?
Pergunta 1:
Tenho Distimia desde que me conheço por gente. Já tomei Prozac, Paxil CR, Lexapro, Procimax. Todos esses medicamentos funcionaram bem durante algumas semanas e depois cessaram o efeito terapêutico por completo. Porque ocorre isso?
Cada vez que isso acontece é uma grande decepção. Também passei a fazer Psicoterapia por insistência do meu psiquiatra, mas acho isso totalmente inócuo, sem sentido, ridículo mesmo.
Será que vale a pena continuar a psicoterapia nessas condições? Será que existem medicações mais estáveis no mercado? Ou o meu caso não é tratável?
Resposta:
Pode ser por que:
Foram tomados em doses baixas demais.
Não eram os ideais para você.
Os quatro Antidepressivos que você tomou têm o mesmo mecanismo de ação. Talvez você precisasse um Antidepressivo de mecanismo de ação diferente para o efeito “firmar”;
Talvez você precise de um Estabilizador de Humor junto com o Antidepressivo no começo, para depois manter apenas o Estabilizador de Humor.
Pergunta 2:
Estou em tratamento para Distimia. Quando tomava 30 mg de Paroxetina por dia tive uma melhora moderada. Com o aumento gradativo da dose para 60 mg o medicamento foi perdendo o efeito. É possível que a dose ideal tenha sido ultrapassada?
Resposta:
O mais provável é que ela não seja sua medicação ideal. Vale a mesma reposta da pergunta anterior.
Pergunta 3:
Olá, tenho 28 anos e tenho Distimia diagnosticada há um ano e meio, embora tenha sempre sentido, desde a infância, os sintomas da Distimia.
Inclusive, já havia passado por tratamentos psiquiátricos anteriores, sem sucesso, em que se diagnosticava Depressão, o que eu entendo, hoje, por episódio depressivo.
Melhorava com a medicação, deixava de tomar o remédio, mas depois voltava. Enfim, neste último ano e meio, desde a detecção de Distimia, tenho me tratado com psicoterapeutas e psiquiatras.
Resposta:
Vale a mesma reposta da pergunta anterior.
Pergunta 4:
Tive Depressão há um ano e meio e tratamento com psiquiatra, (Trileptal 600 mg) me recuperei do estado depressivo.
Acho que já tinha Distimia por muitos anos e atualmente acho que continuo no estado de Distimia, aliás acho que sempre estive nesse estado.
Continuo tomando a mesma dosagem da medicação. Tenho as seguintes dúvidas:
1. É necessário continuar tomando a medicação, mesmo não estando depressiva, mas embora no estado de Distimia?
2. O organismo não tem a tendência de se acostumar com a medicação e fazer menos efeito com o passar de um longo tempo?
3. A Distimia tem cura com a medicação? Ou sempre haverá a chance da recaída?
Resposta:
1. O estado Distímico exige muito mais tempo de medicação do que a Depressão para melhorar.
2. Não, com antidepressivos ocorre o contrário dos calmantes. Quanto mais tempo se toma, mais firme é o efeito (dentro de certos prazos).
3. Pode recair sim, mas o que se espera é que a mudança de hábitos provoque mudanças no ambiente externo e em seu psiquismo de modo que fique cada vez menos Distímica.
8) A Depressão foi embora, mas meu desejo sexual desapareceu.
Pergunta 1:
Há 3 anos, depois de muito sofrimento e ter passado por vários médicos, inclusive psicoterapia por 5 anos. Tomei Eufor durante 3 meses mas me sentia ansiosa demais, mesmo tomando frontal 2 vezes ao dia.
Depois tomei Aropax durante 2 anos. A Depressão foi embora, mas durante este tempo o meu desejo sexual desapareceu. Sou casada, amo meu marido, ele me dá muito apoio mas fica muito complicado ficar 2 anos (fora o tempo que eu estava deprimida) sem sexo.
Parei com a medicação e fiz acupuntura durante 6 meses. As variações do humor ainda continuaram, mas em um nível aceitável. Agora a Depressão voltou, estou indo às sessões de acupuntura mas elas não estão surtindo efeito. Gostaria de saber se há outros tratamentos alternativos ou medicação mais moderna, que não mexam tanto com a libido.
Desde já, agradeço a atenção.
Resposta:
Sim, é possível tratar tanto a Distimia quanto as depressões associadas com medicamentos que não prejudiquem a libido.
Pergunta 2:
Dr. Rubens Pitliuk, fui diagnosticada como Distímica. Comecei, há um ano, um tratamento com Lexapro 10 mg 1x/dia. Não notei nenhuma melhora significativa.
O que mais me incomoda são meus ataques de ira, de fúria, pois sou mãe de duas crianças de 2 e 4 anos, e minhas explosões sempre são com elas, principalmente com o mais velho.
Perguntas:
1) É realmente, verdadeiramente possível ficar curada? Não me importo de tomar remédio a vida inteira. Só quero ficar bem equilibrada.
2) Existem outros medicamentos melhores que esse?
3) Não tenho paciência (lógico, sou Distímica) para fazer terapia. Ela é essencial ao tratamento?
Resposta:
Certamente dá para melhorar teu estado. Não tem sentido insistir na mesma dose do mesmo remédio por tanto tempo. No caso de Distimia, ou o Antidepressivo faz efeito em 2 meses ou não faz mais. Já passou da hora de aumentar a dose do Lexapro ou de trocar.
Mas muitas pacientes eu têm esses ataques de fúria melhoram muito com determinados Estabilizadores de Humor, especialmente Tegretol e Trileptal.
Quanto à Terapia, ela pode te ajudar mais do que voe pensa. Procure uma terapeuta mas vá à primeira sessão sem tantas desconfianças.
Se não der certo com uma Psicóloga, pode dar certo com outra.
Isso vale para remédios, para psicólogos e para médicos.
9) Qual a relação entre Distimia e Depressão?
Pergunta 1:
Boa noite, tenho 43 anos e sofro de Distimia desde criança, o que sempre tornou a minha vida muito complicada, principalmente depois que meu filho mais velho teve meningite aos 9 meses e ficou com sérias sequelas. Isso me deixou com uma Depressão profunda.
Meu psiquiatra receitou Efexor 150 mg há 2 meses, mas ainda continuo sentindo muita tristeza e angústia. É normal que o remédio demore a fazer efeito ou devo pedir ao médico que troque a medicação?
Obrigada pela atenção.
Resposta:
Dois meses seria um tempo mais que suficiente. Provavelmente você precisa de outro tipo de medicamento mais uma psicoterapia de apoio.
Pergunta 2:
Um quadro diagnosticado como Distimia pode se tornar uma Depressão endógena?
Resposta:
A resposta é sim, quem sofre de Distimia está sujeito a ter fases de Depressão fortes (que você está chamando de endógena). Não significa duas doenças, apenas agudizações da Distimia.
Pergunta 3:
Não entendi é a relação entre Distimia e Depressão. Qual é a relação entre estas duas doenças? Uma pessoa que apresenta os sintomas de Distimia, também apresenta Depressão?
Resposta:
A Distimia é uma forma crônica de Depressão, que por ser muito longa e começar muito cedo, vai provocando um tipo de personalidade baixo astral.
Quanto à pergunta de Distímico apresenta fases de Depressão, sim, isso acontece em quase todos os casos.
É por isso que o tratamento antidepressivo levado a sério e com constância pode melhorar a vida do Distímico.
10) Não consigo esquecer o passado. As pessoas me humilhavam.
Pergunta 1:
Não tenho diagnóstico de Depressão, mas pelos meus sintomas só pode ser o que tenho. Nunca consigo ficar feliz, posso contar nos dedos coisas que me deixaram feliz ao longo da vida... Sou muito mal humorada, muito irritada, choro, sou explosiva.
Tenho esses sentimentos sempre. Dificilmente estou de bem com a vida.
Hoje, sem indicação, iniciei Pondera 10 mg. Gostaria de saber se este é adequado. Foi o que o psiquiatra me indicou há alguns anos quando tiver Síndrome do Pânico.
Resposta:
Karla, você está descrevendo um quadro clínico compatível com Distimia.
Quem sofre de Distimia tem mais chance de ter Depressão e Pânico na vida.
Não faça experiências com remédios, procure um Psiquiatra e trate pra valer, sua qualidade de vida só pode melhorar.
Pergunta 2:
Tenho 18 anos e não consigo esquecer meu passado. Sofri muito as pessoas me humilhavam e eu culpo todos que me fizeram mal, eu estou tomando Fluoxetina. O que eu faço para conseguir seguir minha vida e ser feliz? Desde já, aguardo resposta.
Resposta:
Bom dia, não temos como responder apenas com esses dados. Mas de uma maneira geral, provavelmente você precisa trocar de antidepressivo e principalmente começar uma psicoterapia.
11) Qual a diferença entre Distimia e Personalidade Esquizóide?
Pergunta:
Com distinguir entre Distimia e Personalidade Esquizóide?
Resposta:
Quem faz o diagnóstico diferencial é o médico.
Existem muitas diferenças, mas a mais importante de todas é que na maioria dos casos o Distímico tem como principal característica o astral depressivo e gostaria de ser mais alegre e sociável, enquanto a Personalidade Esquizóide não faz questão de se relacionar, ele acha seu isolamento social normal.