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Gravidez e pós Parto, Depoimento de Depressão, Pânico e Psicose

Depoimentos:

Só queria ficar trancada no quarto, com portas e janelas fechadas.

Depoimento :

Olá Dr.! Faz MUITO tempo que conheço esse site maravilhoso, inclusive já o indiquei para algumas pessoas. Meu depoimento é o seguinte. Em 2006 tive Depressão e Síndrome do Pânico.

Só queria ficar trancada no quarto, com portas e janelas fechadas.
Não saía para nada.

Procurei um psiquiatra que me receitou uma combinação de Anafranil e Rivotril.
Os 1ºs dias do tratamento não foram fáceis, porque sentia muito sono e queria ficar logo boa (desejava que o efeito dos remédios fosse imediato).

Porém, recebi muita força do meu médico que me explicou tudo direitinho, inclusive que esses remédios levam algumas semanas para produzir efeito.
Insisti e que MARAVILHA! Fiquei boa.

Voltei a trabalhar, arrumei mais outro emprego, minha vida estava toda certinha.
Viajava (coisa que tinha medo só de pensar), fiz meu maridão mais feliz, parecia um milagre.
Inclusive recuperei o peso que perdi durante as crises.

Já estava tomando a dose de manutenção (10 mg) ao dia de Anafranil e 5 gotinhas de Rivotril para dormir, quando descobri que estava grávida (em 13/11/07).
Por conta própria parei os medicamentos de vez.
No começo senti os tais choquinhos da Síndrome de abstinência (mas, como já tinha lido no seu site que é normal) não me preocupei.

Há uma semana, descobri que minha gravidez é anembrionária (não desenvolve o embrião) e meu mundo desabou de novo...
Voltei a ter crises de Pânico, porque me estressei bastante, fiz MUITOS exames, foi sofrido.
Estou sentindo um comecinho de Depressão também.
Quero MUITO voltar a tomar minha medicação, porém fico insegura, embora saiba que vai me ajudar de novo.

Tenho medo de passar tudo de novo...
Será que como parei de tomar a 1 mês somente, talvez não fique tão sonolenta como da outra vez?

Preciso trabalhar...
Outra dúvida: eu e meu marido queremos muito tentar outro bebê daqui a um tempo.
Existe alguma forma de tratar a Depressão mesmo estando grávida?
Me ajude, estou MUITO insegura e tenho medo que tudo piore.
Estou com os remédios nas minhas mãos e com medo de tomar.

Só queria dormir, não me alimentava, abandonei tudo, filhos, casa e marido.

Depoimento:

Olá a todos. Já se passaram 2 anos que estou em tratamento de uma Depressão pós-parto.
Minha história se inicia quando engravidei pela segunda vez, passei a gravidez toda com contrações e com medo de meu bebê nascer prematuro.

Entrei em trabalho de parto com 39 semanas e este durou 8 horas, na expectativa de ocorrer um parto normal e na água, mas minha pressão subiu muito e tive que ser levada para fazer uma cesárea de emergência.

Estava com pré-eclâmpsia que poderia evoluir para uma hemorragia de fígado no qual poderia ser fatal para mim e meu bebê, tive dilaceração bilateral de útero, pois o bebê já estava no canal de parto e teve que ser retirado pelos ombros.

Perdi muito sangue.
Após passar por um parto complicado, fiquei muito debilitada fisicamente e psicologicamente.

Em meu primeiro mês de pós-parto, ainda muito debilitada e frágil, tive que acompanhar minha avó (que me criou) na UTI, após sofrer um AVC, e infelizmente ela veio a óbito.
Posso dizer que meu mundo meio ao chão, não consegui resistir a mais este acontecimento inusitado em minha vida.

Minha vida ficou sem cor, tudo para mim ficou sem graça, só queria dormir, não me alimentava, abandonei tudo, filhos, casa e marido.

Em vários momentos de crise pensei em suicídio.
Hoje ainda estou em tratamento com psiquiatra e psicólogo, estou um pouco melhor, mas não tenho previsão de alta.
Tempo de tratamento para mim não importa, mas sim restabelecer o meu bem estar físico e psicológico.

Obrigada por poder relatar minha vivência e espero que meu relato sirva para que outras pessoas também dêem seu depoimento e possamos compartilhar nossas vivências e contribuir para desmistificar este transtorno, a Depressão Pueperal.

Vários relatos de mulheres com Depressão na Gravidez e pós Parto.

Depoimento 1:

Estou grávida de quase 3 meses, casada há 1 ano e meio. Não tenho motivos relevantes, porém não tenho vontade de levantar da cama, de cozinhar, lavar louça e rotinas simples como lavar louça. Quando engravidei tinha acabado de pedir as contas na empresa.
Esse é um quadro de Depressão na gravidez? Além disso, não fiz meus exames para o pré-natal, pois não tenho vontade de sair de casa para nada, nem para ir ao médico e fazer exames.


Depoimento 2:

O site está maravilhoso, graças a Deus achei-o e tive o prazer de saber da existência do Dr. Rubens, que mesmo via internet, lendo as respostas e percebendo a disposição para ajudar, vejo que é um ótimo profissional. O assunto que mais me interessa é a Depressão durante a gestação.
Estou me tratando com um psiquiatra muito bom também em Curitiba, que me falou as mesmas coisas que o Dr. Rubens afirma que há tratamento durante a gestação.

Lendo e confirmando isso aqui no site vindo de um profissional tão renomado sinto-me aliviada, com esperança de cura da Depressão e quem sabe uma futura gravidez, pois tive um aborto espontâneo junto com a Depressão, o que piorou meu estado psicológico.

Dr. Rubens, que Deus o abençoe!


Depoimento 3:

Olá, gostaria de parabenizar o excelente site que nos dá oportunidade de compartilhar nossas dificuldades! Desde que tive meu filho tive uma Depressão pós-parto não curada, pois achava que não merecia a importância dos outros e me achava egoísta, pois todos estavam felizes com a chegada da minha filhinha, então neguei que precisasse de ajuda...
Tinha muito medo de sair de casa temendo que algo fosse acontecer com ela, minha casa era minha fortaleza...

Tive uma gravidez muito difícil, pois quase perdi meu bebe e muitas brigas conjugais no momento que mais precisei de apoio do meu marido. Chorava muito e mais ainda quando ele nasceu.


Depoimento 4:

Com dezoito anos tive minha primeira filha, depois de três dias eu comecei sentir medo que o bebe morresse e medo que eu pudesse fazer mal para o bebê e ficava passando aquelas cenas na minha cabeça que eu fosse fazer mal para o bebê e eu ficava deprimida e nervosa bom só procurei ajuda muito tempo depois.
Agora tive o segundo bebe e voltou tudo de novo.


Depoimento 5:

Tive uma gravidez de risco e meu filho nasceu no 8º mês de gestação, graças a Deus sem nenhum problema. Não tive nenhum auxílio por parte dos parentes, e logo depois ele ficou internado por duas vezes.
Hoje ele está bem. Mas eu, não, perdi o desejo pelo meu esposo, fico nervosa o tempo todo e com uma tristeza infinita. Nada mais me alegra. Passei e passo ainda por dificuldades financeiras e no trabalho

14 dias depois do parto, enlouqueci, meu marido chegou a casa o bebê estava com fome, sujo.

Depoimento:

Olá, meu nome é Adriana. Resolvi contar a minha história para poder ajudar outras pessoas.

Decidi engravidar, tudo ocorreu muito bem.
Tive uma gravidez maravilhosa, mas o problema começou quando meu filho nasceu.

14 dias depois do parto, enlouqueci, meu marido chegou a casa o bebê estava com fome, sujo em cima do trocador e eu cantando e dançando pela casa como se nada tivesse acontecendo.
Assim que o vi, comecei agredi-lo, e não o deixava chegar perto do meu filho, ele ficou desorientado não sabia o que fazer.
Resolveu chamar meus pais.
Fomos procurar um médico, ele indicou um psiquiatra.

Meu pai não aceitava, até que as coisas começaram a sair do controle.

O médico diagnosticou: Depressão Pós-Parto, ou melhor, Psicose Puerperal.
Ninguém sabia nada sobre isso. Pânico total.

Fiquei 11 dias internada em hospital comum.
Totalmente louca, nem sabia que tinha tido um filho.
Não sei quanto tempo isso durou, pois não tinha consciência de nada.

Depois que tudo passou, veio a Depressão propriamente dita, esta que todos conhecem, enfim durou 1 ano.
Fiz tratamento psiquiátrico durante 2 anos.
O que eu quero passar aqui é que esta doença horrível tem tratamento.
Você não fica com seqüelas, é só ter um bom acompanhamento médico e o que é mais importante contar com o apoio de todos que convivem com você.
Fiquei longe do meu filho por 8 meses, mas hoje está tudo bem, ele é super apegado comigo, e estou sempre recuperando o tempo que ficamos afastados.

Não desanime, vá em frente.

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