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CETAMINA

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Cetamina ou Ketamina: O que é e para que serve?

Em inglês, a medicação é chamada de Ketamine, e o nome "ketamina" é frequentemente utilizado de forma “abrasileirada”. Entretanto, cetamina e ketamina referem-se ao mesmo medicamento e ele tem se tornado cada vez mais popular na
psiquiatria.


Sintetizado na década de 1960 como um anestésico, a cetamina é um medicamento conhecido por suas propriedades únicas e está sendo cada vez mais utilizado no tratamento de transtornos mentais graves.

Para que serve a cetamina?

Desde o início dos anos 2000, pesquisadores ao redor do mundo descobriram propriedades da cetamina que a tornam indicada para o tratamento de:

  • Depressões graves que não responderam ao tratamento com antidepressivos orais, apesar das tentativas com vários medicamentos diferentes, sozinhos ou associados.

  • Ansiedade que parece não ceder com nenhum medicamento.

  • Quadros intensos de transtorno obsessivo-compulsivo que não se resolvem com remédios.

  • Depressões com ideias persistentes de suicídio.

 

Além dos quadros psiquiátricos, a cetamina também tem sido usada no tratamento da
fibromialgia, uma condição dolorosa crônica que incapacita e limita.

Como a cetamina é utilizada?

A administração de cetamina para fins terapêuticos é geralmente realizada em ambientes controlados, como clínicas ou hospitais, onde dosagens precisas podem ser administradas e a resposta do paciente monitorada.


A forma mais prática e confortável de usar a cetamina é via subcutânea, pois o paciente recebe apenas uma injeção, geralmente na barriga, e depois permanece cerca de 60 a 90 minutos na clínica até que a medicação alcance seu efeito total. Após esse período, o paciente volta ao seu estado prévio à aplicação e pode, finalmente, retornar às suas atividades.


Cuidado: Certifique-se de que na clínica sempre haja um médico presente durante todo o período de aplicação da cetamina, pois isso é uma exigência das agências regulatórias e uma medida de segurança para o paciente.


As outras vias de administração de cetamina incluem a intravenosa e a nasal.

Posso utilizar a cetamina em casa?

A resposta é um grande e redondo não. A cetamina injetável é um líquido que vem em ampolas de 2 ml a 10 ml e deve ser cuidadosamente manipulada após a dose necessária e eficaz ser individualmente calculada para cada paciente.


Durante o efeito da cetamina, algumas modificações no organismo podem ocorrer, como elevação da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, razão pela qual a presença de um médico no ambiente de tratamento é tão necessária. O cálculo da dose exata de cetamina a ser aplicada depende do peso e da idade do paciente, cabendo ao médico realizar esse cálculo.

Outro motivo pelo qual a cetamina não deve ser utilizada em casa, mesmo por via
nasal, é que o uso inadequado (como dose maior do que a indicada e frequência além
da terapêutica) pode levar à dependência do medicamento.

Quais efeitos colaterais posso esperar com o uso da cetamina?

Os principais efeitos colaterais são os já mencionados: aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, mas alguns pacientes podem apresentar náuseas e vômitos, o que é bastante raro com o uso da cetamina via subcutânea.

Eu preciso “ter barato” para a cetamina funcionar?

Não. A cetamina é um anestésico com propriedades dissociativas, o que significa que os pacientes podem apresentar algum grau de “viagem” ou sensação de leveza corporal, além de alterações na sensopercepção, principalmente durante os primeiros 20 minutos após a aplicação do medicamento. Esses efeitos tendem a ser menores à medida que as aplicações se repetem.


É importante frisar que não é essa sensação que confere o efeito terapêutico da cetamina, mas sim sua ação no cérebro, que é capaz de regenerar neurônios adoecidos e inflamados pelos transtornos psiquiátricos, devido ao aumento de um fator de regeneração neuronal chamado BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro).


Concluindo, a cetamina representa uma abordagem promissora no tratamento de várias condições médicas e psiquiátricas, mas requer um uso responsável e monitorado para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.

Dra. Giuliana Cividanes

Médica Psiquiatra e Terapeuta Cognitivo Comportamental (TCC), Cetamina - CRM 85732

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